Desde que o mundo é mundo e o futebol é futebol, jogadores têm altos e baixos na carreira.
Em um momento são muralhas intransponíveis, marcadores implacáveis e goleadores que não perdoam.
Em outro, falham bisonhamente, não conseguem desarmar ninguém e perdem gols incríveis.
Será apenas coincidência, ou determinados craques escolhem passar pelos “baixos” vestindo a camisa da seleção de seu país?
Exemplificando o absurdo, Neymar foi decisivo para o Santos na reta final da Libertadores, não jogou absolutamente nada pela Seleção Brasileira na Copa América e ontem simplesmente arrebentou contra o Flamengo (apesar da derrota santista) e fez “gol de Pelé”.
Deixando o jovem camisa 11 de lado, mas continuando no histórico Santos 4×5 Flamengo, quantas vezes Ronaldinho Gaúcho jogou tão bem na seleção e marcou três gols como fez ontem?
E agora saindo da Vila Belmiro e mudando de país, quantas vezes Messi foi na Seleção Argentina o craque que é no Barcelona?
Quantas vezes Cristiano Ronaldo fez com a camisa de Portugal as incríveis jogadas que fez pelo Manchester e que faz pelo Real Madrid?
É fato que as seleções nacionais já perderam espaço no coração do torcedor, que hoje, sem dúvida, prefere o clube. Mas parece que isso está acontecendo agora também com os jogadores.
Será que daqui alguns anos a Copa do Mundo de Seleções poderá se transformar numa Copa do Mundo de Clubes?
É esperar pra ver…
Foto: Santos FC
28/07/2011 às 12:21 |
sem dúvida a camisa da seleção tem lá seu peso. mas o pior não é ser 8 na seleção e 80 no clube mas sim ser 80 no clube, ser convocado para a seleção, ficar com estrelismo e voltar sendo 8 no clube também. Além disso, quem paga sálario não é seleção…
28/07/2011 às 12:29 |
Se a coisa continuar caminhando assim, as seleções de futebol vão acabar… Tirando a Copa do Mundo, Libertadores ou Copa dos Campeões dão muito mais emoção ao torcedor do que qualquer jogo de seleção…
28/07/2011 às 12:23 |
Parabéns Sr. Ricardo Teixeira !!!
28/07/2011 às 12:59 |
Parece que ele está “cagando” pra isso…
28/07/2011 às 13:28 |
Em contrapartida, os jogadores da Seleção uruguaia demonstraram verdadeira paixão pela camisa celeste.
Forlán não é genial no Atlético de Madrid, mas com a camisa de sua seleção o gringo faz miséria.
28/07/2011 às 13:36 |
Bem lembrado… Parece que os uruguaios estão na “contramão”… e que raça e alma contagiam…
29/07/2011 às 1:52 |
Sempre houve jogadores que se deram bem nos clubes, mereceram convocações, porém, na seleção, não produziram nem metade do que se esperava. Será o ambiente?
29/07/2011 às 10:58 |
Pode ser o ambiente. E a impressão que dá é que hoje em dia acontece muito mais do que antes…
31/07/2011 às 11:36 |
O ambiente na seleção, segundo pessoas bem ligadas nos ambientes e dignas de toda consideração, não é nada fácil. Uns, por ele, não rendem o que podem e devem. Outros, que têm categoria para render o que pode e sabe, boicotam, aí, conforme o temperamento do jogador, acaba deixando barato, se conforma com o que acontece. Errado mas, fazer o que, quem muda um temperamento?
31/07/2011 às 11:39 |
O ambiente na seleção, segundo pessoas bem ligadas ao meio e dignas de toda consideração, não é nada fácil. Uns, por ele, não rendem o que podem e devem. Outros, que têm categoria para render o que pode e sabe, boicotam, aí, conforme o seus temperamentos,, acabam deixando barato, se conformam com o que acontece. Errado mas, fazer o que, quem muda um temperamento?
31/07/2011 às 11:43 |
Resumindo, Gustavo: pra jogar na seleção, não tem que ter só categoria não, tem que também se impor, não dar moleza. Isso, claro, para aqueles que têm categoria e acabam não sabendo se impor. Um Jornalista digno dos mais créditos, falou isso um dia numa festa em que estive presente.
18/08/2011 às 15:50 |
Numa festa aqui quando ainda tinha a saudosa Praça de Esportes do Clube Atlético e Recreativo Maria Zélia, Gustavo, um conceituadíssimo Jornalista, batendo papo com muitos dos convidados presentes, falou a respeito de Ademir Da Guia na Seleção. Era uma sexta feira, ele disse: São Paulo joga domingo, segunda feira é folga, na terça feira o elenco se apresenta para duchas e massagens. Nós vamos até o Morumbi, quem quiser ir para confirmar o que estou falando é só falar, lá perguntaremos ao Forlan e ao Pedro Rocha, o que acham de Ademir Da Guia. Ambos falarão, notável, extraordinário, inigualável! Quando jogam Palmeiras e São Paulo, quando Ademir se aprovima da área tricolor, os dois xingam a mãe de todo time do São Paulo, ficam doidos, Ademir representa grande perigo, falam que é para dar cacete nele passando o meio campo, não deixar ele vir perto da área. Agora, perguntem a eles, sobre Ademir Da Guia na Seleção. Aposto o dinheiro que quiserem que eles dirão: “Nom, mui limpo”. Pra jogar na seleção tem que ter talento e ganhar no grito, só talento não basta. Ademir Da Guia, como é quieto, humilde, nunca teve vez, realmente. Entrou no último jogo da Copa de 74, onde todos cronistas estrangeiros perguntaram: “onde estava essse homem que não foi escalado de cara?”. Isso dito, inclusive, pelo saudoso Fiori Gigliotti, dignidade das maiores. Segundo César, num programa de TV, Ademir nem sabia que jogaria, foi avisado no almoço, Zagallo dizendo-lhe que não comesse muito que iria jogar. Ademir, após ouvir isso de Zagallo, que nunca havia fumado, pediu até um cigarro, de surpreso que ficara. Porque Ademir foi escalado só na última partida, avisado quando almoçava, jogando só meio tempo, tudo isso faz parte dos mistérios do futebol…